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PELO TERCEIRO ANO CONSECUTIVO, MANAUS SEDIOU O FÓRUM DE BICICLETA ORGANIZADO PELO PEDALA MANAUS.

Entre os dias 7 a 10 de agosto, os participantes do III Fórum de Bicicleta Manaus discutiram, refletiram e respiraram a temática proposta pelo evento: a cidade que temos, a cidade que queremos.

A primeira atividade trouxe as apaixonadas palavras de Therbio Felipe, o Professor Sobre Rodas, enfatizando a importância dos grupos de ciclismo e do seu papel como agentes de transformação do cenário urbano, na medida em que se tornam conscientes da ocupação e cuidado com os espaços públicos, a exemplo da própria atividade que se deu no anfiteatro do Parque dos Bilhares e que reuniu mais de 150 ciclistas.

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No seguir da noite, representantes de vários grupos de ciclismo deram  seus depoimentos  por  meio dos quais se percebe uma nítida conscientização quanto as mudanças necessárias na cidade para acolher, não somente os ciclistas, mas a todas as pessoas, transformando-a numa cidade mais humanizada.

Na noite seguinte, o miniauditório do CEDOA, ficou pequeno para o grande número de pessoas interessadas nas apresentações de Glauston Pinheiro e Antônio Filho, que desenvolveram temas preponderantes para as mudanças que se almejam nas cidades. Glauston Pinheiro, ao falar do papel do poder público, deu várias lições de como pequenas iniciativas podem promover mudanças e que dentro da engrenagem da estrutura governamental se faz urgente a mobilização dos órgãos públicos com o objetivo de difundir e fortalecer trabalhos de mobilidade sobre bases estruturadas, dando, além de credibilidade, incremento ao desenvolvimento do tema enquanto política, ação educadora-includente e geradora de oportunidades, indistintamente. Falou também da necessidade do entendimento das relações entre as pessoas e os meios que utilizam para se deslocar visando o debate de todos os atores que fazem parte do trânsito; cada um mostrando qual o seu “ponto cego”, buscando soluções e refletindo às colocações de outros atores”

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A conversa prosseguiu com a fala de Antonio Filho, sobre os meios que a tecnologia dispõe e que estão à disposição das organizações para operacionalizar projetos e otimizar resultados…

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No último dia de discussões e debates sobre os caminhos que podem levar às mudanças tão esperadas, se reforçou a ideia de que elas somente ocorrerão sobre o tripé formado pela sociedade civil organizada, iniciativa privada e poder público. Para tanto, a experiência e a construção da realidade hoje vivenciada pelo do Rio de Janeiro – cidade mais ciclável do Brasil – foi contada por Zé Lobo, da Transporte Ativo, um dos representantes mais emblemáticos quando se fala de contribuição da sociedade civil no desenvolvimento das cidades. Zé, mais uma vez nos presenteou com novas ações e técnicas positivas que podem ser compartilhadas e replicadas para acelerar o processo de mudanças, e mostrando que é possível a sociedade civil ocupar o espaço deixado pelo poder público quando este não age.

Ratificando a máxima do tripé, Altamirando Borges, sub-secretário da Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro, nos presenteou com uma brilhante explanação de como se constrói uma cidade para pessoas, deixando a lição de que poder público quando demandado pela sociedade, com disposição para promover mudanças e com a parceria da iniciativa privada pode ir muito além. Foi uma aula de como se faz política voltada para os interesses da sociedade.

Mais uma vez o Professor Sobre Rodas, Therbio Felipe, ao falar da PAZ, traduziu em palavras emocionadas, repletas de frases de efeito, o encantamento perceptível na vida de quem adota a bicicleta como estilo de vida.

O Fórum contou ainda com a contribuição Renata Falzoni, que relatou o momento de transformação que vive a cidade de São Paulo, com a implantação de políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana, em especial através das bicicletas e como foi o processo de construção deste momento e o papel dos ciclistas nele. Falzoni falou sobre a definição de Mobilidade Sustentável, a Política Nacional de Mobilidade Urbana, o recém sancionado Plano Diretor de São Paulo, a implantação dos 400 km de ciclovias segregadas e o rápido processo de resgate do espaço público hoje privatizado pelo uso desiquilibrado do automóvel.

Sobre o aspecto da participação, importa ressaltar que o III Fórum de Bicicleta Manaus reuniu um número maciço de ciclistas e simpatizantes representando a sociedade civil, algumas empresas e seus projetos voltados para o uso da bicicleta representando a iniciativa privada, e infelizmente, porém não surpreendente, a lamentável ausência do poder público que só não foi total, pela participação da Secretária Kátia Schweickardt, da SEMMAS – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade que convidada a participar de um painel sobre as transformações ambientais que a bicicleta promove, deu sua contribuição na medida em que trouxe a realidade, as peculiaridades de Manaus e as dificuldades de se promover um projeto amplo de mobilidade sustentável na cidade.

O resultado da ausência do Poder Público tanto na esfera Municipal quanto na Estadual, que mesmo convidado ignorou a discussão, faz emergir a constatação de que definitivamente, a pauta da mobilidade urbana, embora fundamental, ainda não desperta o interesse e nem está inserido na política local como prioridade, mesmo diante da crescente demanda social e das imposições legais dispostas na Lei de Mobilidade Urbana – Lei 12.587/12- cenário que preocupa e assusta pelo crescente e visível engessamento da cidade.

Enfim, ao questionar a situação atual da cidade de Manaus e provocar a discussão sobre como alcançar a cidade que queremos, o III Fórum de Bicicleta Manaus se revelou um convite a participação no processo de mudança, mostrando através das experiências ali compartilhadas  que é possível essa construção, desde que todos se sintam responsáveis por ela.

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
O III Fórum de Bicicleta Manaus é uma realização do Movimento Ciclístico Pedala Manaus e somente é possível com apoio dos parceiros e voluntários. Nosso muito obrigado a todos que contribuíram para sua realização e consecução das atividades.