Pela dicção da palavra, marginal é aquele que vive a margem, que foi excluído do convívio social. A sociedade sempre conviveu com a figura dos marginais, taxando como tal, aqueles que infringem as leis, que são criminosos.

O marginal carrega um estigma, de ser algo prejudicial e socialmente danoso, por isso, naturalmente repudiado.

#somostodosmarginais. É assim que os usuários da bicicleta se sentem, em especial quando são proibidos de desfrutar do convívio social nos parques geridos pelo governo do Estado do Amazonas.

Proibir por proibir, sem qualquer justificativa só confirma o que todos já sabemos, a total incapacidade do governo de gerir e promover o convívio de todos, sem distinção, nos espaços que são do povo.

No lugar de estimular o convívio harmonioso, de educar, de dar ao povo o que é do povo, o governo faz o que é mais fácil, veta, impõe uma regra de cima para baixo, sem ouvir a opinião de quem é soberano.

É isso que tem ocorrido nos parques e praças estaduais como o Parque Rio Negro, Jefferson Peres, Mestre Chico, Largo de São Sebastião, Praça da Polícia e Praça da Saudade.

Entendam, a ideia não é transformar esses locais em pistas de corrida, tirar o espaço do pedestre, das crianças, dos idosos, mas sim exigir tratamento isonômico, sem distinção, de modo que todos se sintam responsáveis por aquele local e assim despertar naturalmente o senso de zelo, de cuidado com o que é seu.

Esse sim é o papel do Poder Público, promover a igualdade, despertar a consciência e prover a educação e não verticalizar o uso dos espaços públicos.

Aqui fica nosso repúdio e indignação contra um governo antidemocrático e que despreza a construção participativa com a comunidade, segregando os espaços e promovendo a desigualdade.

Governo, esse não é o seu papel!

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